As ações de reconstrução do Museu Nacional/UFRJ

As ações de reconstrução do Museu Nacional/UFRJ

O Museu Nacional/UFRJ é a mais antiga instituição museológica e científica, no campo das Ciências Naturais e Antropológicas, que desde a sua fundação conjuga sua produção de pesquisa às suas exposições.

A Direção do Museu Nacional vem envidando esforços para reabrir, ainda que parcialmente, no ano do bicentenário da independência do Brasil – 2022. É válido lembrar que os eventos que precederam a independência estão diretamente relacionados ao Palácio de São Cristóvão.

O “Projeto Museu Nacional Vive” resultou de uma cooperação técnica entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Instituto Cultural Vale, que justamente com o patrocínio do BNDES, Bradesco e Vale, apoio do Ministério da Educação (MEC), da Bancada Federal do Rio de Janeiro, da Assembleia Legislava do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e do Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, aposta na mobilização social e na articulação permanente de parcerias para reconstruir e devolver o Museu Nacional/UFRJ à sociedade o mais breve possível.

As ações de reconstrução do Museu Nacional/UFRJ dividem-se em três eixos: a Reconstrução do Palácio; o Novo Campus de Pesquisa e Ensino do Museu Nacional/UFRJ e a reforma do prédio da Biblioteca Central.

No primeiro semestre de 2021, as ações no Palácio serão referentes aos serviços de higienização e proteção dos bens integrados: elementos ornamentais e arcos do Jardim das Princesas e do Paço de São Cristóvão, a escadaria monumental, forros, pisos e pinturas decorativas que resistiram ao incêndio de 2018; e as obras de restauro das Fachadas e Coberturas do Bloco 01 do Paço.

Recentemente, anunciamos o consórcio responsável pelo projeto de arquitetura e restauro da parte interior do Palácio e a reforma do anexo Alípio Miranda Ribeiro. Agora, o desafio é encontrar o equilíbrio entre a importante e rica história do palácio e a contemporaneidade necessária para um museu mais aberto e acessível à comunidade.

Com relação ao trabalho da equipe do Resgate de Acervos, muitos materiais foram recuperados em lotes e estima-se que o total tenha ultrapassado 4.300 registros/lotes, destacando-se os acervos arqueológicos/bioantropológicos, paleontológicos e geológicos como aqueles com maior volume de registros de resgates durante o ano.

O Campus de Pesquisa e Ensino do Museu Nacional está sendo construído em um espaço anexo ao Parque da Quinta da Boa Vista e será dedicado aos prédios administrativos, acadêmicos, de laboratórios e reserva técnica; além de prever um centro de visitação para permitir a retomada da recepção das escolas para as atividades educativas. O prédio administrativo já está pronto e, tão logo a pandemia permita, as atividades presenciais serão retomadas na edificação.

A Biblioteca Central foi totalmente desocupada no fim de 2020 e sua obra está em ritmo acelerado, com previsão de término para Novembro de 2021. A proposta é que ao final, ela seja um espaço moderno, seguro e acessível.

O Museu Nacional tem um propósito: se tornar um museu de História Natural e Antropologia inovador, sustentável e acessível que promova a valorização do patrimônio científico e cultural e que, pelo olhar da ciência, convide à reflexão sobre o mundo que nos cerca e, ao mesmo tempo, nos leve a sonhar.

Foto: Diogo Vasconcellos – Museu Nacional/UFRJ

Por Museu Nacional/UFRJ