Mostra de Filmes


MOSTRA DE FILMES “MÉMORIA EM MOVIMENTO”

Confira os selecionados na Mostra de Filmes “Memória em Movimento” !

Baixe a programação da Mostra

A Mostra de Filmes “Memória em Movimento” integra a programação da Semana Fluminense do Patrimônio, exibindo filmes de curta, média e longa-metragem, com o intuito de divulgar e promover o patrimônio cultural e natural brasileiro. A mostra se propõe a exibir filmes com temática específica, contemplando obras de ficção, animação, documentários e experimentais que registrem reflexões sobre a memória e a diversidade de expressões e manifestações do patrimônio material e imaterial brasileiro. A exibição dos filmes selecionados acontecerá de 01 a 04 de dezembro, na sala 1 do Estação Net Rio, na cidade do Rio de Janeiro. Todas as sessões da Mostra serão gratuitas com ingressos distribuídos por ordem de chegada.

PROGRAMAÇÃO  
Segunda-feira – 01/12
17:00
Monumento aleijado, 2025, 12 min.
A floresta e a escola, 2025, 25 min.
Cine Guarani: entre imagens e canções, 2024, 24 min. Piracicaba 1922, 2024, 45 min.  

19:00
Memória de pivete, 2025, 16 min.
Mais um dia, Zona Norte, 2023, 81 min.

Terça-feira – 02/12
17:00

Meu bloco é a rua, 2025, 7 min.
Samba infinito, 2025, 15 min.
Alma das coisas, 2023, 20 min.
Ginga Reggae, 2024, 51 min.

19:00
Intervenção, 2024, 96 min.

Quarta-feira – 03/12
17:00

Poty’karü – alimentação cabocla, caiçara, popular, 2025, 18 min.
Mercado de histórias, 2024, 20 min.
Arte quilombola, o legado continua, 2025, 25 min.
Em nome da terra, 2025. 40 min.

19:00
Palavra, 2024, 20 min.
Catadoras, 2025, 70min.  

Quinta-feira – 04/12
17:00

A nave que nunca pousa, 2025, 15 min.
Laurinda, 2025, 17 min.
Expressão, coordenação e ritmo, 2024, 28 min.
O canto, 2023, 20 min.
Bilros, 2025, 22 min.

19:00
Você está no caminho certo, 2025, 17 min.
Quem é essa mulher, 2024, 70 min.

FILMES
A alma das coisas; dir.: Douglas Soares e Felipe Herzog; documentário; RJ; 2023; 20 min.
Nascimento, vida e morte de uma escultura carnavalesca. Uma metáfora da criação através do boneco Babalotim, um ídolo-menino que já viveu muitos carnavais

A floresta e a escola; dir.: Renata Catharino e Rafael Zacca; documentário; RJ; 2025; 25 min.
Em meio à Mata Atlântica, no século 20, uma escola primária é fundada para acolher os filhos dos trabalhadores da Floresta da Tijuca. Setenta anos depois, a neta da primeira professora a lecionar nessa escola procura saber o que aconteceu com o lugar e com as pessoas que estudaram ali.

A nave que nunca pousa; dir.: Ellen Morais; ficção; PE; 2025; 15 min.
Uma nave paira sobre uma comunidade quilombola no sertão da Paraíba. Os moradores locais precisam lidar com as consequências desse acontecimento. Uma ficção científica documental nas terras de Aruanda

Arte quilombola, o legado continua; dir.: Claudia Chávez; documentário; BA; 2025; 25 min.
Documentário sobre os saberes ancestrais e a arte quilombola como pilares da sociedade brasileira e ferramentas de luta, exaltando a trajetória de Mãe Bernadete, ialorixá, ativista e líder quilombola assassinada em 2023.

Bilros; dir.: Waldson Costa; documentário; AL; 2025; 22 min.
Mergulho na arte da Renda de Bilros em São Sebastião, o filme mostra como essa tradição é mantida viva através da memória e da prática das rendeiras do Agreste alagoano. Usando ferramentas como os bilros e as almofadas, as artesãs tecem a herança familiar e a memória coletiva da região.

Catadoras; dir.: Dayse Porto; documentário; BA; 2025; 70min.
Quatro mulheres sobrevivem recolhendo materiais recicláveis no lixo em diferentes regiões do Brasil. Entre elas, Aline, que representou o povo brasileiro passando a faixa ao presidente Lula em sua posse em 2023.

Cine Guarani: entre imagens e canções; dir.: Laura Viana; documentário; PE; 2025; 20 min. Documentário que, por meio de relatos de cidadãos de Cabrobó, retrata a história do Cine Guarani. Por décadas, esse espaço foi palco de cinema, arte e música na cidade, mas fechou com a popularização da televisão. Apesar disso, o Cine Guarani permanece como um marco histórico que não pode ser esquecido.

Em nome da terra; dir.: Elza Cohen; documentário; RJ; 2025; 40 min.
Mulheres do Território Quilombola de Vila São João, em Berizal, no norte de Minas Gerais, narram suas vidas a partir da perspectiva de quem luta pela terra, busca a ancestralidade e cria laços comunitários de memória. Em um território de retomada, onde a própria comunidade reconstrói a história de seus antepassados, o filme materializa a conquista da terra e se destaca ao revelar o cotidiano de mulheres que resistem ao apagamento histórico.

Expressão, coordenação e ritmo; dir.: Ana Tereza Brandão, Ana Amélia Arantes; documentário; RJ; 2024; 28 min.
Em um íntimo camarim do Teatro Marília, em Belo Horizonte, Vânia Silva conversa com um grupo de mulheres que dançaram sob a orientação de sua mãe, Marlene Silva, renomada coreógrafa afro, bailarina e professora. As conversas compartilham memórias e fluem entrelaçadas com fragmentos dessas danças que evocam a essência da obra de Marlene.

Ginga Reggae; dir.: Naýra Albuquerque; documentário; MA; 2024, 51 min.
Documentário musical sobre a cultura reggae na ilha de São Luís, a “Jamaica Brasileira”. A trajetória do reggae maranhense se entrelaça com a vida de Célia Sampaio, pioneira e grande “dama do reggae”. Dança, radiolas, discotecários revelam mais de 40 anos de conexões entre territórios de resistência negra na diáspora.

Intervenção; dir.: Gustavo Silva Ribeiro; documentário; SP; 2024; 96 min.
O filme retrata o cotidiano dos habitantes da Favela da Linha, da Favela do Nove e do Conjunto Habitacional Cingapura Madeirite, na Zona Oeste de São Paulo, que lutam para levar adiante um projeto de reurbanização do seu território que lhes garante o direito de permanecer onde vivem, mas que enfrenta forte resistência dos moradores dos condomínios de luxo vizinhos.

Laurinda; dir.: Beatriz Lindenberg; documentário; ES; 2025; 17 min.
Laurinda, quilombola, mestra do caxambu, parteira, coveira, benzedeira e mãe de santo, relata momentos da sua trajetória de vida, o trabalho de parteira, os serviços de coveira, a volta para sala de aula, a viagem à África, a relação com a terra e com a fé e a compreensão sobre o ciclo de vida.

Mais um dia, Zona Norte; dir.: Allan Ribeiro; documentário; RJ; 2023; 81 min.
É mais um dia na Zona Norte do Rio de Janeiro. Em suas rotinas, trabalhadores tem momentos de transformação. Um instante de sonho, fantasia e fuga da realidade em contraponto a mesmice do dia a dia. Melhor filme e Prêmio da Crítica do 56º Festival de Brasília.

Memória de pivete; dir.: Pedro Santi; ficção; SP; 2025. 16 min.
Durante a Copa do Mundo de 2006, um grupo de crianças vive a magia do futebol brasileiro e da infância periférica, onde laços da amizade fortalecem o ato de sonhar.

Mercado de histórias; dir.: Alcinethe Maria Cavalcante; documentário; AC; 2024; 20 min.
Deja, Graça e Tonha, três mulheres agricultoras e feirantes, revelam o quão importante é a feirinha de produtos regionais para o sustento de suas famílias e como é preciso ser forte para lidar com aquilo que a vida e a natureza lhes impõem como desafios.

Meu bloco é a rua; dir.: Sandro Garcia; ficção; RJ; 2025; 7 minutos.
No pré-carnaval, dois amigos conversam sobre onde irão festejar e acabam sucumbidos pela rua onde se forma um bloco vindo das calçadas, antecipando a data, o desejo e o festejar em meio a um manifesto carnavalesco.

Monumento aleijado; dir.: Céu Vasconcelos; experimental; CE; 2025; 12 min.
Filme experimental que discute e disputa o direito ao corpo, à cidade, à fabulação e à memória. Nas ruas de Fortaleza, o artista ocupa e aleija o espaço urbano com uma grande prótese: um braço prateado que se arrasta, serpenteia e vibra, ativando sons e memórias. Se outrora corpos com deficiência eram silenciados e invisibilizados, hoje, aqui, eles se expandem, criando presenças monumentais e poéticas.

O canto; dir.: Isa Magalhães e Izabella Vitório; documentário; SP; 2023; 20 min.
O filme nos aproxima das tradições e sonoridades singulares das destaladeiras de fumo de Arapiraca, apresentando Mestra Rosália Gomes como guia nessa imersão na poesia do cotidiano de mulheres cujas vidas estão profundamente entrelaçadas com a cultura do fumo.

Palavra; dir.: Deivison Fiuza; documentário; BA; 2024; 20 min.
Dona Solange lidera um grupo de mulheres artesãs em um povoado da Bahia, preservando tradições indígenas e africanas por meio do artesanato e da conexão com a natureza. Aos 78 anos, a matriarca é uma fonte de inspiração, respeito e sabedoria, que se manifesta de forma poética em cada uma de suas ações.

Piracicaba 1922; dir.: Thiago Altafini; documentário; SP; 2024; 45 min.
Documentário sobre o contexto histórico e processo de restauração digital de película cinematográfica centenária que registra a cidade de Piracicaba no ano de 1922.

Poty’karü – Alimentação cabocla, caiçara, popular; dir.: Gustavo Guedes; documentário; RN; 2025; 18 min.
“Poty’karü” resgata a culinária potiguar, caiçara, cabocla e popular, registrando hábitos alimentares das populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas, preservando a biomemória dos sabores e saberes transmitidos entre gerações.

Quem é essa mulher? dir.: Mariana Jaspe; documentário; RJ; 2024; 70 min.
Separadas por um século, duas mulheres negras se encontram neste road movie pelas estradas da Bahia. Oriunda da periferia de Salvador, Mayara rememora os caminhos, surpreendentes a cada nova descoberta, que a levaram a desvendar Maria Odília Teixeira, neta de uma ex-escravizada que se tornou a primeira médica negra do Brasil.

Samba Infinito; dir.: Leonardo Martinelli; ficção; RJ; 2025; 15 min.
Durante o Carnaval carioca, um gari enfrenta o luto pela perda da irmã enquanto cumpre suas obrigações de trabalho. Em meio à folia dos blocos de rua, ele encontra uma criança perdida e decide ajudá-la.  

Você está no caminho certo; dir.: Marcos Corrêa; experimental; SP; 2025; 17 min.
“Você está no caminho certo” se ancora no poder da palavra. A professora Beta Ferreira conduz o filme-passeio, revelando na São Paulo contemporânea as marcas de atemporalidade presentes na escrita de Quarto de Despejo – Diário de uma Favelada, de Carolina Maria de Jesus.

CURADORIA:
Andréa Sampaio: Professora Titular da Escola de Arquitetura e Urbanismo e do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Arquiteta e Urbanista (UFF), Mestre em Desenho Urbano (University of Nottigham, UK), Doutora em Urbanismo (PROURB/UFRJ) e Pós-Doutorado no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Pesquisadora com apoios da FAPERJ (Cientista do Nosso Estado) e CNPq (Produtividade PQ 2). Vice-líder do grupo de pesquisa Cidade como Documento da História Urbana – CiDHUrb. Atual coordenadora do Núcleo Estadual RJ do ICOMOS-Brasil. Experiência profissional, produção acadêmica e premiações relacionadas às temáticas da salvaguarda do patrimônio cultural, regulação urbanística e história urbana.

Anna Maria Andrade:Antropóloga com mestrado em etnologia indígena pela Universidade de São Paulo. Atua desde 2006 em ações de defesa dos direitos de povos e comunidades tradicionais, com foco em processos de regularização fundiária, patrimônio cultural e suporte aos empreendimentos comunitários. É autora do Inventário Cultural de Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira (SP) e de Terra do Meio: os saberes e as práticas dos beiradeiros do Rio Iriri e do Riozinho do Anfrísio no Pará, ambos pelo Instituto Sociambiental, além dos cadernos de Cartografia Social de comunidades caiçaras, indígenas e quilombolas participantes do Projeto Povos, publicados pelo Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina (Fiocruz e FCT).

Heverton Oliveira:Graduado em Cinema, mestre em Ciências da Comunicação e doutor em Cinema e Audiovisual. É assessor técnico da Direção da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, onde atua nas áreas do Patrimônio Cultural, da Divulgação Científica e da Produção Audiovisual. Participou da criação da série de animação “Ciência em Gotas” sobre cientistas brasileiros e da série documental “Mestres e Ofícios” sobre mestres da construção tradicional brasileira. Foi jurado do Prêmio Fiocruz do Festival Internacional de Cinema Ambiental (FICA). Organiza a Mostra de Filmes “Memória em Movimento” desde sua primeira edição em 2013.

Janda Montenegro: Doutora em Literatura Brasileira Indígena-UFRJ. É roteirista, crítica de cinema no Cinepop, repórter cultural no portal Cabine Secreta e assistente de direção (filmes “Querido Mundo”, de Miguel Falabella; “Os Emergentes” e “Fora da Caixa”, de Hsu Chien). Autora dos livros Antes do 174; Por enquanto, adeus; O Incrível Mundo do Senhor da Chuva; Três Dias Para Sempre; Um Coração para o Homem de Lata; Aconteceu Naquele Natal e O Último Adeus.

Lia Malcher: Antropóloga, documentarista, produtora cultural e curadora, atuando no campo da imagem desde 2015. Doutoranda em Antropologia Social (PPGAS/USP), é mestre (PPGA/UFPA) e Bacharel em Antropologia (UFOPA). Integra os grupos de pesquisa de Antropologia Visual (GRAVI/USP) e Grupo de Pesquisa em Antropologia Musical (PAM/USP). É também co-fundadora da produtora audiovisual Formiga de Fogo Filmes, focada em filmes documentários e etnográficos. Dirigiu diversos filmes, dentre eles “Pretinhas do Arapemã” (2024), “Onde Dorme a Baleia” (2024), “Jijet – Como estudamos nossos cantos” (2023), recebendo o prêmio de menção Honrosa Pierre Verger (2024).

Lívia Cabrera: Bacharela em Ciências Sociais pela UFSCar (2010) e Cinema e Audiovisual pela UFF (2017). É Mestra (2020) e Doutora (2025) pelo Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual da UFF, pesquisando sobre Carmem Santos e a Brasil Vita Filmes, histórias de cinemas e exibição cinematográfica. Desde 2010, é servidora técnica administrativa federal, tendo passagens pela UFSCar, ANCINE e UFF. Atua em produções feitas para o cinema e para o teatro, programação e curadoria.

PRODUÇÃO:  
Erik Maia
Luana Muller de Oliveira

DESIGN
Silmara Mansur