ARQUITETURA EM REDE

ARQUITETURA EM REDE

Um engenheiro está em um canteiro de obras às voltas com seus subordinados e precisa de uma informação referente à planta de um prédio que foi construído na década 1980. Já uma arquiteta recém-formada acaba de ser contratada por um escritório de arquitetura para atuar em projetos de restauração do patrimônio histórico. Um síndico de condomínio, muitas vezes, não tem ideia se existe o conjunto de plantas de arquitetura dos imóveis que administra. Da mesma forma, alunos, professores e pesquisadores, geralmente, têm um tempo curto para buscar documentos para escrita de seus trabalhos profissionais e acadêmicos. 

Pensando nestas questões, a historiadora Veronica Castanheira Machado propôs a construção de uma base de dados de localização das plantas de arquitetura e urbanismo no Brasil. A ideia foi lançada ao público que participou da mesa redonda “Arquitetura nos Arquivos: documentos do patrimônio material”, realizada pelo setor de Cartografia do Arquivo Nacional. Ao longo dos anos, o Arquivo Nacional tem sido um parceiro consultor sobre a constituição e visibilidade de acervos e fundos de cada instituição pública. Entre conversas e propostas para o desenvolvimento deste projeto, foi acordado que a base será iniciada no estado do Rio de Janeiro e depois continuada em outros estados brasileiros. O projeto conta também com os apoios institucionais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB RJ), Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ), Arquivo Histórico do Palácio Itamaraty, Associação dos Arquitetos e Engenheiros de Volta Redonda (AEVR) e da Rádio Arquitetura

Site Arquitetura em Rede

Em abril de 2020, o projeto “Arquitetura em Rede” recebeu o PRONAC 201764, aprovado na Lei Federal de Incentivo à Cultura –Lei 8313/91. Desde então, o projeto tem sido bastante divulgado na mídia e redes sociais, contando com um site provisório de captação de recursos financeiros, um canal no Youtube com vídeos produzidos por pesquisadores, professores e profissionais das áreas de história, arquitetura, restauração, cartografia e etc, além de três redes sociais (Facebook, Instagram e Linkedin). 

O “Arquitetura em Rede” tem o objetivo de facilitar e agilizar a identificação do local de guarda das plantas de arquitetura que são documentos de fundamental importância para a produção de pesquisas sobre o assunto. Ao reunir informações sobre as plantas de arquitetura – hoje espalhadas em diferentes acervos e arquivos – a base Arquitetura em Rede propõe uma organização desse material em coleções iconográficas compreendidas no tempo e na história do Estado do Rio de Janeiro. Por meio de um primoroso trabalho de pesquisa e curadoria será possível identificar, levantar e analisar a iconografia existente em cada acervo do estado e propor identificá-las a partir da criação de coleções que serão definidas, por exemplo, pelos marcos históricos: arquitetura colonial, imperial, eclética, artnoveau, artdeco, modernista, pós-modernista, contemporânea e etc.  A ideia de reunir esses documentos em coleções é pensar na arquitetura como marca histórica, ou seja, como o espaço dotado de definição e significado sociocultural para pessoas. 

Por Arquitetura em Rede
www.arquiteturaemrede.com.br